quinta-feira, 29 de maio de 2014

Satyagraha


 

Olá a todos

Esta tarde a Francisca no módulo teórico do curso de Educação e cultura para a Paz, dinamizou uma sessão sobre os seguintes tópicos:

- Introdução à religiosidade e pensamento vedântico e a diferença relativamente ao pensamento cristão.
- Apresentação do conceito de paciência segundo Gandhi.
- Introdução à noção de pensamento holístico (fundamental para a religiosidade vedântica). O homem como centro do universo vs o homem como partícula do universo. A ideia de unidade vs a ideia de separação e exílio.
- Gandhi e a sua demanda contra a opressão e o sistema de castas na Índia.
-Discussão  sobre a influência (tanto da religiosidade hindu como da cristã) na modulação da economia.

Certamente uma sessão muito interessante!




 


Aqui ficam algumas informações sobre o conceito de Satyagraha, desenvolvido por Gandhi:

Satyagraha é um termo hindi (सत्याग्रह) composto por duas palavras: Satya, que pode ser traduzida como verdade ; e agraha que significa firmeza, constância, [] é uma filosofia desenvolvida por Mohandas Karamchand Gandhi para o movimento de Resistência não-violenta na India.

Gandhi empregou o satyagraha na campanha de independência da India  e também durante sua permanência na África do Sul.  A teoria do satyagraha influenciou Martin Luther King, Jr.  durante a campanha que ele liderou pelos direitos civis nos USA.

Este termo, um dos principais ensinamentos de Gandhi, designa o princípio da não-agressão, uma forma não-violenta de  protesto, que não deve ser confundida com uma adesão à passividade, é uma forma de ativismo  que muitas vezes implica a desobediência civil.
Gandhi descreveu o termo como:
Tenho também a chamado de força do amor ou força da alma. Eu descobri o satyagraha pela primeira vez no inicio da minha busca pela verdade que não admitia o uso da violência contra um adversário, pois o mesmo deve ser desarmado dos seus erros com paciência e compaixão. Sendo o que parece ser verdade para um e um erro para o outro. E paciência significa auto-sofrimento. Assim, a doutrina passou a significar reivindicação de verdade, e não pela inflição de sofrimento sobre o adversário, mas sobre si mesmo.

Podem ler mais sobre este conceito aqui:
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Satyagraha

E sobre Gandhi aqui:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mahatma_Gandhi


Rosa do Mundo- Poemas para o Futuro



Olá a todos

Esta tarde a Francisca dinamizou uma leitura em grupo de poemas cosmológicos do belíssimo livro

"Rosa do Mundo - Poemas para o Futuro". Aqui ficam algumas informações:

2001 poemas em 1920 páginas.
Direcção editorial: Manuel Hermínio Monteiro
Organização: Manuela Correia
Coordenação editorial: Sara Oliveira, com a colaboração de: Gil de Carvalho e José Alberto Oliveira

Edição Assírio & Alvim, 2001


«Rosa do Mundo - 2001 Poemas Para o Futuro» é uma obra colectiva feita por muitas dezenas de pessoas com sensibilidades diferentes, mas tendo em comum o grande amor pela poesia. Trata-se de uma obra ambiciosa, procurando abarcar a poesia conhecida ao longo da História, desde as civilizações mais remotas até aos autores nascidos em 1945.
Como o leitor constatará ao longo do livro a rosa atravessa a poesia universal de todas as épocas. E Rosa do Mundo foi a expressão que propositada e silenciosamente veio ter connosco para dizer Poesia.»

(Manuel Hermínio Monteiro, Abril de 2001)


A ROSA DO MUNDO

Quem sonhou que a beleza passa como um sonho?
Por estes lábios vermelhos, com todo o seu magoado orgulho,
Tão magoados que nem o prodígio os pode alcançar,
Tróia desvaneceu-se em alta chama fúnebre,
E morreram os filhos de Usna.

Nós passamos e passa o trabalho do mundo:
Entre humanas almas, que se agitam e quebram
Como as pálidas águas em seu fluxo invernal,
Sob as estrelas que passam, sob a espuma do céu,
Vive este solitário rosto.

Inclinai-vos, arcanjos, em vossa incerta morada:
Antes de vós, ou de qualquer palpitante coração,
Fatigado e gentil alguém esperava junto ao seu trono;
Ele fez do mundo um caminho de erva
Para os seus errantes pés.

W. B. Yeats
(tradução de José Agostinho Baptista)
(pág. 1163)

A obra continua...

Olá a todos

Na passada segunda 26 de Maio, apesar do grupo se encontrar reduzido por algumas pessoas estarem doentes ou a trabalhar, o barco avançou mais um pouco... Aqui ficam imagens do dia:
















quinta-feira, 22 de maio de 2014

Sacred Economies



Olá a todos

Hoje na sessão teórica do curso da Paz a Francisca apresentou ao grupo a teoria "Sacred Economics" do economista e escritor Charles Eisenstein, e dinamizou um debate sobre a diferença entre as sociedades antigas cuja base da economia reside na troca directa e na ideia de dádiva vs as sociedades cuja a economia se confunde com os mercados financeiros, sobre a diferença entre dinheiro e valor.

Podem saber mais sobre a Economia Sagrada aqui:
http://sacred-economics.com/

Foi visionado o documentário  "The economics of happiness - Tales from Ladakh". Aqui ficam algumas informações sobre o filme:

A Economia da FelicidadeThe Economics of Happiness
EUA 2011 | Helena Norberg-Hodge, Steven Gorelick, John Page | 67 min | DOC
O filme descreve um mundo que se move simultaneamente em duas direções opostas. De um lado, governos e grandes empresas continuam a promover a globalização e a consolidação do poder corporativo; porém, em todo o mundo, pessoas estão resistindo a esta política, exigindo uma maior regulamentação do comércio e finanças e – ao largo destas antigas instituições poderosas – estão construindo um futuro bem diferente. Comunidades estão se juntando para reconstruir uma economia com dimensões mais humanas e ecológicas, baseadas em um novo paradigma: uma economia localizada.

Melhor filme México Int FF 2012 – Melhor Filme Cinema Verde FF 2011 – Melhor Diretor EKOFilm 2011 / Green FF Seoul 2011


“A tarefa à nossa frente é a de alinhar o dinheiro com a expressão verdadeira de nossos dons. Isso requer um mecanismo muito diferente para a criação e a circulação de dinheiro. Inclui coisas como remuneração negativa, que reverte os efeitos da usura. Inclui coisas como a internalização dos custos, de modo que não possamos continuar a poluir para que alguém ou as gerações futuras paguem o custo. Inclui um dividendo social: compartilhar a riqueza proveniente do que deveriam ser bens comuns — a terra, aquíferos, nossa herança cultural. Inclui a relocalização de muitas funções econômicas. (…) O que será necessário para nos deslocarmos do sistema monetário atual? Bem, o sistema monetário atual cada vez mais funciona menos bem. O crescimento somente pode ser mantido a custos cada vez mais altos. Mesmo grandes esforços não podem fazer com que a economia continue a crescer tão rápido quanto necessário para que o sistema funcione — e isso cria mais miséria. As pessoas simplesmente não podem suportar mais. Mesmo as pessoas no topo, mesmo os ganhadores dessa competição artificialmente induzida tampouco estão felizes. Tampouco está funcionando para elas. Portanto, penso que veremos uma série de momentos de crise, cada uma delas mais severa que a anterior. E a cada momento de crise teremos uma escolha coletiva: desistimos do jogo e juntamo-nos ao povo? Ou agarramos ainda mais firme? Depende realmente de nós determinar em que ponto esse despertar acontecerá.”
~ Charles Eisenstein, em “Economia Sagrada”

Podem encontrar o filme aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=xjCzwj85Iw8

Site sobre o filme:
http://www.theeconomicsofhappiness.org/

terça-feira, 20 de maio de 2014

A Arca da Paz!

Olá a todos

Mais algumas imagens do barco da Paz. Apesar do céu cinzento, os formandos não desmotivaram e o bom ambiente continuou. Já falta pouco! Ficam aqui mais algumas imagens da obra:














domingo, 18 de maio de 2014

Music is the weapon!




Olá a todos


Na passada quinta-feira, na sessão da Francisca o grupo visionou o fantástico documentário intitulado Music is the Weapon sobre o nigeriano Fela Kuti. Nesta sessão a Francisca orientou o debate em torno do contexto histórico e social da Nigéria nos anos 60 e 70, do projecto político de Fela Kuti: a recuperação das raízes ancestrais nigerianas, a vida em comunidade, o papel da música como meio de congregação, comunicação e intervenção.
Aqui ficam algumas informações sobre o filme realizado por Stéphane Tchal-Gadgieff e Jean Jacques Flori:


Filmado em 1982, o documentário Music Is The Weapon mostra Fela Kuti alguns anos após o lançamento de álbuns clássicos como Expensive Shit (1975),Gentlemen (1973) e Confusion (1974). Na época em questão, o músico já era considerado um líder para muitos e uma ameaça para o governo. Apesar de curto (apenas 52 minutos), o filme traz imagens espetaculares e valiosas para os fãs do maior nome da música africana e criador do afrobeat, como apresentações ao vivo com sua banda (o Egypt 80), ensaios e a vida nos guetos de Lagos, além da situação politicamente tensa na qual a Nigéria se encontrava. 

Nas entrevistas, Fela mostra sua visão sobre tópicos como música, política, espiritualidade e a relação entre o sexo masculino e feminino (o músico era casado com 27 mulheres, todas elas parte de sua banda). O filme conta também, ainda que de forma breve, a infância e o início da vida adulta do músico, além de seus problemas com a polícia e o governo nigeriano. Apesar do dinheiro e poder que tinha em 1982, Fela ainda morava na região pobre onde estava desde sua infância.



Fonte:
http://suppaduppa.com/2009/05/10/fela-kuti-music-weapon/

Aqui podem ver o documentário com legendas em português:

http://www.youtube.com/watch?v=oxbArKpfKm8



segunda-feira, 12 de maio de 2014

A luta continua!

Olá a todos

Hoje o grupo dos formandos da Acção 2 continuou a trabalhar na obra, sempre com muito boa disposição e humor! Aqui ficam algumas imagens de mais uma tarde intensa e divertida: